quarta-feira, 12 de janeiro de 2011

Projeto 676

Projeto 676
Nasceu o primeiro carro brasileiro da GM

Com lançamento para 1969 o Chevrolet Opala completa 36 anos em 2005 e deixa saudades.



Ícone da indústria automobilística nacional, o Opala, lançado em fins de 1968 para produção em 1969 acaba de completar 35 anos de história e filosofia de vida. Seus concorrentes tentaram, sem sucesso, tirar suas principais qualidades: robustez, resistência, alta potência e conforto. O sucesso do Opala pode ser visto atualmente pela grande quantidade de clubes, associações e amigos que tem essa paixão comum. Nesta matéria, um pouco dos seus primeiros dez anos de vida, também porque 1979 foi o último ano do Opala com faróis redondos. Podemos chamar essa paixão como o "Fenômeno Opala" e talvez você descubra uma razão plausível para isso depois de ler esta reportagem.

A HISTÓRIA
O início de tudo - Projeto 676

A Seleção Brasileira de Futebol, composta pelos craques Pelé e Garrincha e com quem iria se destacar mais tarde, Gérson, Jairzinho e Tostão, foi desclassificada na primeira fase da Copa do Mundo da Inglaterra; era implantado no país o FGTS; os rádios tocavam as músicas de Geraldo Vandré e Chico Buarque, que participaram do Festival da TV Record; Jorge Amado lançava o livro "Dona Flor e seus Dois Maridos" e Renato e seus Blue Caps o disco "Um embalo com Renato e seus Blue Caps". Você sabe de que ano estamos falando? Se pensou em 1966, acertou.

Dentre outros acontecimentos importantes, foi nesse ano que a Companhia Geral de Motores do Brasil, posteriormente chamada de General Motors do Brasil, dava início ao projeto 676. O anúncio foi feito no final de 1966, no Clube Atlético Paulistano, na presença de autoridades e da imprensa. Instalada no Brasil desde 1925, a GM fabricava apenas veículos utilitários e queria aumentar sua participação no mercado automobilístico. O Grupo Executivo da Indústria Automobilística (GElA), criado no Governo do Presidente Juscelino Kubitscheck para incentivar e direcionar as montadoras instaladas no país definia, nessa época, a fabricação de um carro de passeio com a General Motors. O projeto tinha como parâmetro os carros fabricados pela Opel na Alemanha e o escolhido para servir de base ao novo carro foi o Rekord C, que tivera suas linhas alteradas naquele ano.

No entanto, o motor a ser usado no projeto deveria ser norte-americano, e não alemão. Os brasileiros sempre preferiram motores mais potentes e com maior cilindrada e a Opel equipava seus modelos com motores de baixa potência. Optou-se, então, pelo motor de 4 cilindros, usado no Chevrolet Nova e o de seis cilindros que equipava o Impala. O interessante dessa fusão da engenharia Alemã com a Norte-Americana é que os parafusos da carroceria tinham suas medidas em milímetros e os da mecânica, em polegadas, o que só foi solucionado em 1980, com a adoção do padrão métrico, utilizado no Brasil. Os motores de 4 e 6 cilindros tinham em comum o diâmetro dos cilindros e curso do pistão. Com isso, pistões, anéis, bielas válvulas e molas de válvulas poderiam ser usados em um ou outro, facilitando e barateando a manutenção. O motor de quatro cilindros tinha 2.509 cilindradas (153 pol3) e 80 CV e o de seis, 3.764 cilindradas (230 pol3) e 125 CV.

O nome escolhido para o projeto 676 foi "Opala". Na época havia inúmeras sugestões e seis delas foram escolhidas como finalistas para serem analisadas pela Diretoria da GM. Comenta-se que dentre esses seis nomes finalistas, um deles era "Opala". Um jornalista, ao tomar conhecimento desse nome, divulgou a notícia como sendo oficial. O nome foi bem aceito e por esse motivo teria sido definido, agora oficialmente, pela GM. Ainda com relação ao nome, não há um consenso.

Uns acham que é o nome de uma pedra semi- preciosa, incolor, que ao ser extraída do solo e exposta a Iuz apresenta uma grande diversidade de cores, para outros, o nome nasceu da fusão da marca Opel, de quem o Opala emprestou a carroceria, e de Impala, de quem emprestou o motor. Entre 1966 e 1968, ano em que o Opala foi lançado, foram feitos inúmeros testes, com mais de 500 mil quilômetros rodados em estradas brasileiras. Ao todo foram investidos 150 milhões de dólares, incluindo o necessário para a construção da fábrica. O maquinário da fábrica foi trazido, em sua grande maioria, da Alemanha, pois a indústria
Automobilística, contava na época com o incentivo do Governo, que isentava o imposto de importação. Numa época em que os carros médios das outras montadoras brasileiras eram o AeroWillys, o Itamarati, o Esplanada e o JK, a GM colocava no mercado um carro moderno, trazendo inovações nunca vistas pelos brasileiros. As campanhas publicitárias da época usavam o slogan "O carro certo" e os comerciais de televisão mostravam artistas e o jogador de futebol Rivelino dizendo: "Meu carro vem aí”.

O lançamento
Lançado oficialmente na abertura do Salão do Automóvel de São Paulo, em 23 de novembro de 1968, o carro foi um sucesso entre os convidados, especialmente o Presidente Costa e Silva e o Governador do Estado de São Paulo, Abreu Sodré, que iniciaram a visitação pelo stand da Chevrolet, mais precisamente no espaço destinado ao Opala. O modelo apresentado no salão tinha a mesma carroceria do Opel Rekord C, com modificações na frente e na traseira, feitas pela engenharia da GM brasileira.

O modelo apresentado tinha quatro portas e duas versões: Standard e Luxo. A primeira era a versão mais simples. Ambas tinham as lanternas dianteiras abaixo do pára-choque, emblemas com o nome Opala nas laterais traseiras, calotas e emblemas nos pára-lamas dianteiros, identificando o tipo de motor usado: 2500 ou 3800. O modelo De Luxo contava ainda com uma faixa entre as duas lanternas traseiras, metálica, com frisos e com a inscrição Chevrolet no centro, tampa do tanque de combustível com chave, lanternas de ré abaixo do pára-choque traseiro, rádio, supercalotas, arremates nas molduras do pára-brisa e vigia traseiro, estofamento com gomos e relógio elétrico. Os bancos eram do tipo inteiriço e a alavanca de câmbio de três marchas ficava na coluna da direção, em ambos os modelos. Nas duas versões havia opção dos motores de 4 e 6 cilindros.

A tração era traseira e a suspensão dianteira independente, com braços sobrepostos e posterior ao eixo, com molas helicoidais (esse sistema foi chamado mais tarde de sub-chassi). O modelo trazia as seguintes inovações perto dos carros feitos pelas concorrentes: pneus sem câmara, nas medidas 5.90-14 ou 6.50-14, embreagem do tipo "chapéu chinês" (na época os carros usavam o tipo "gafanhoto") e freios auto-ajustáveis, que diminuíam a folga das lonas, decorrentes do uso, quando o veículo transitava de marcha-a-ré e era freado.

Depois do lançamento do Opala, os anúncios publicitários tinham a seguinte frase: "Quem esperava o carro certo, te saúda, te ama e te louva, Chevrolet Opala". Desde o lançamento até o final da produção, em 1992, o sucesso do Opala pode ser visto pela quantidade de unidades produzidas: 1.000.000 de veículos.

Os primeiros anos de vida
A versão apresentada no Salão do Automóvel de 1968 já era modelo 1969 e no decorrer do ano não apresentou modificações. Em junho de 1969 já somava 10.000 unidades vendidas e em junho de 1970, já considerado modelo 1971, surgiram as primeiras mudanças e o crescimento da família. A grade dianteira foi modificada e era mais simples no modelo Especial, com dois friso paralelos, de ponta a ponta, com um pequeno emblema no centro. No De Luxo os friso eram separados no meio do carro e retornam para as extremidades. No centro da grade havia um emblema maior, com o símbolo da Chevrolet. Foram lançadas as versões Gran Luxo e SS (ambas com quatro portas). A versão Standard passa a se chamar Especial. A Gran Luxo se tornou o top de linha do Opala, com acabamento esmerado e itens exclusivos.

Já a versão SS era o modelo esportivo da marca, com faixas pretas no capô, laterais e na traseira e rodas esportivas de ferro e 5 polegadas. Opcionalmente, podia ser equipado com rádio e ar condicionado. Divergem os especialistas e os opaleiros no tocante à sigla SS. Para alguns, significa Super Sport (a mesma dos Impala desde 1961), para outros, Si/ver Star e por fim, Separed Seats (bancos separados). Surge nesse ano também o motor de 4.100 cilindradas (140 CV na época), que equipou o Opala até o final da produção, em 1992, e que também foi usado no Omega, com injeção eletrônica.

Com a chegada do novo motor, a GM deixa de equipar o Opala com o de 3.800 cilindradas. Os modelos SS e Gran Luxo vinham equipados com o motor 6 cilindros, 4.100 cc, e o primeiro apresentava uma roda com desenho diferente, pneus 7.35XS14, volante de madeira com três raios e botão da buzina no centro, com a inscrição SS, conta-giros no painel e relógio elétrico no console, Além disso, o SS tinha a opção de bancos dianteiros separados (daí da divergência dos que entendem que a sigla não significa separed seats, pois o SS anterior tinha banco inteiriço), câmbio de 4 marchas com alavanca no assoalho, rádio, desembaçador do pára-brisa, diferencial com autoblocante, freios dianteiros a disco e estabilizado traseiro. Opcionalmente, o Gran Luxo poderia ser equipado com os bancos individuais do SS, teto de vinil (branco, bege ou preto}, câmbio de 4 marchas, dentre outros. Foi no final desse ano que chegou a novidade do Opala coupe, duas portas, sem coluna, já modelo 72.

1972
Em 1972, apesar do lançamento do Opala coupe, o restante da linha passou por poucas mudanças: apenas a trava de direção com a chave do veículo, a tampa do tanque de combustível com chave e o emblema 4100, que saía da parte superior do pára-Iama e era colocada na extremidade inferior, entre a abertura da roda e o pára-choque, permanecendo do mesmo modo e no mesmo local até 1979. O sucesso de vendas e a intenção da GM em abocanhar uma parte maior do mercado fez com que novos investimentos fosse feitos e mais mudanças viessem na linha 1973.

1973
A grade dianteira passou a contar com um único friso central, lanternas dianteiras nas extremidades dos páralamas, ao lado dos faróis e luzes de ré no painel traseiro, ao lado das lanternas, para os modelos De Luxo e Gran Luxo. Houve mudanças no painel, no volante e opção de bancos individuais na dianteira e arcondicionado. Os carros equipados com motor 6 cilindros passaram a contar com freios a disco na dianteira, de série. No Salão do Automóvel de 1973 a GM apresentou dois carros conceito: Um deles era da versão de duas portas, com meia capota de vinil (chamada Las Vegas), pintado na cor verde menta metálico, com o revestimento interior na cor branca, inclusive painel, e detalhes verde claro. O outro modelo tinha uma águia pintada no capô, grade exclusiva, faróis cobertos com uma tela, rodas de liga leve mais largas, interior em camurça, pára-choques pretos e console entre os bancos.

Esses modelos, lançados com exclusividade em Salões do Automóvel servem para as fábricas analisarem a aceitação das modificações que pretendem fazer. É feita uma enquete com o público que freqüenta o evento e, no caso do teto "Las Vegas", a aceitação deve ter sido boa, pois foi lançado no modelo 75, conforme veremos mais à frente. Ainda com relação a esses carros, tomamos conhecimento que o verde menta com teto Las Vegas branco está atualmente com um colecionador de Opalas do Estado de Santa Catarina, sendo restaurado de acordo com as características em que foi apresentado em 1973. É uma raridade porque foi produzido apenas um modelo. Finalmente, foi lançado nesse ano o câmbio automático de 3 velocidades para os carros equipados com motor de 6 cilindros, com alavanca na coluna de direção.

1974
Em 1974, já com 300.00 unidades vendidas, a GM fez mudanças no motor de 4 cilindros, que passou de 153 para 151 pol3. O diâmetro dos cilindros foi aumentado e a cilindrada passou de 2.509 para 2.471 cc. Foi diminuído o curso dos pistões e as mudanças aumentaram a potência para 94 CV. Alguns aprimoramentos foram feitos na suspensão dianteira e o câmbio automático de três marchas passou a ser oferecido como opcional para o motor de 4 cilindros. O modelo Especial passou a ser equipado com o painel semelhante ao do Luxo e o Opala Gran Luxo passou a se chamar Chevrolet Gran Luxo, sem o Opala. O motor 151, equipado com carburador de corpo duplo e coletor de admissão de alumínio, passa a se chamar 151-S. Com a crise do petróleo e a busca por carros mais econômicos, a GM lança o SS-4, com motor 151-S, e 98 CV.

"O Ano Chevrolet'. Com esse slogan a GM lança sua linha 1975, comemorando 50 anos de Brasil. A versão Especial volta a se chamar Standard. Nesse ano ocorreu a mudança mais significativa desde seu lançamento, pois como vimos acima, apenas pequenas alterações ocorreram em 71,72, 73 e 74. Houve uma alteração substancial na frente e na traseira. O capô passou a abrir para frente, o painel dianteiro superior era fixo, isto é, não se abria com o capô, a grade era de plástico e as lanternas dianteiras, nas extremidades dos pára-lamas dianteiros, que também tinha novo desenho, vinham com um friso de alumínio, um pouco mais largo no centro, dividindo a lente plástica em dois.

Na traseira, duas lanternas redondas de cada lado, ao estilo Impala. É lançado nesse ano o modelo Chevrolet Comodoro, e não Opala Comodoro como se ouve com freqüência. Esse modelo substituiu o Gran Luxo. Vinha equipado exclusivamente com motor 6 cilindros e teto de vinil inteiriço na versão 4 portas e do tipo "Las Vegas" na versão de duas portas, igual ao carro conceito apresentado no Salão do Automóvel de 1973. O revestimento no painel e do volante imitavam jacarandá e o modelo dispunha dos seguintes equipamentos: rádio, relógio elétrico, banco dianteiros reclináveis, com encosto de cabeça incorporado, tapetes de buclê de nylon, calotas com o centro pintado na cor do veículo, sobre-aros das rodas de aço inox, console central com porta objetos, cores metálicas exclusivas, inscrição Chevrolet no painel dianteiro, sobre a grade, frisos de aço inox na grade (dois mais largos nas extremidades e dois finos na parte central), acabamento do farol na cor do veículo, tampa do tanque de combustível com a inscrição Chevrolet Comodoro; friso ao redor do painel traseiro e borrachão nos pára-choques. Oferecia como opcionais: direção hidráulica, ar condicionado, pneus na medida 7.35-14 com letras brancas, faróis de milha e de neblina.

O SS-6 perdia o relógio do painel, mas ganhava revestimento interno mais luxuoso. Os motores de 6 cilindros passam a contar com 148 CV, dotados de carburador de corpo duplo e sistema de arrefecimento selado, com reservatório de água separado. Mudou também a suspensão dianteira, que passou a contar com uma manga de eixo mais robusta, evitando um problema que vinha sendo observado nos modelos anteriores: a flexão da ponta de eixo em relação à manga nas curvas, afastando as pastilhas de freio do local correto. O 55 passa pelas mesmas modificações e as pinturas em preto são reforçadas em outros locais da carroceria. Nesse ano é lançada também a Caravan. A station wagon, ou perua, como se dizia à época, estava nos planos da GM desde 1971, mas a prioridade, depois do lançamento do Opala, era o Chevette, que saiu em 1973. Somente depois de muito tempo é que se retomou o projeto da Caravan.

Da mesma forma como ocorreu com o Opala, a Caravan foi feita com base no na versão familiar do Opel Rekord C. A Caravan também tinha as duas opções de motor: um quatro cilindros de 2,5 litros de cilindrada e um seis cilindros de 4,1 litros. O câmbio podia ser de três marchas na coluna da direção, de três marchas automático ou de quatro marchas mas com alavanca no assoalho. Havia as versões Standard e De Luxo, mas a Caravan Comodoro só foi lançada em 1978.

1976
1976 não foi um ano de muitas novidades. A linha Opala já havia sido reestilizada no ano anterior, com grandes mudanças e grande investimento no lançamento da Caravan. A única novidade significativa foi o lançamento do motor 6 cilindros, chamado de 250-S, que fez sucesso até o fim da produção do Opala. A diferença entre o novo motor e o antigo é que no 250-S a GM usava tuchos mecânicos, um novo comando de válvulas e carburador de corpo duplo, responsáveis pelo aumento da potência. Já o motor 151-S passou a ser oferecido para toda a linha, e não apenas para o 55.

1977
As modificações da linha 1978 foram limitadas ao modelo SS. A partir desse ano, as rodas de ferro do SS mudaram, já que vinham acompanhado o carro desde 1971, com mudanças na pintura apenas. Foi lançada a roda tipo gama, ou como também é chamada, gomo de laranja. O volante foi modificado, a sigla SS foi acrescida na faixa inferior, na parte de baixo dos pára-lamas dianteiros e os bancos passam a ser forrados com tecido tipo veludo. Foi o último ano da grade lançada em 1975.

O Comodoro passa a ser oferecido com motor 4 cilindros e perde vários dos equipamentos de série. Somente como opcionais são oferecidos: motor 6 cilindros, bancos individuais, câmbio de 4 marchas, etc... Uma outra novidade foi o lançamento do Opala Gama. A única diferença era o câmbio de 4 marchas, que passava a ter a terceira com relação direta e a 4º mais longa, com 0,86 (overdrive). Externamente não havia diferenças e no interior, apenas um pequeno círculo na cor vermelha ao redor do nº 4, da alavanca do câmbio. Uma outra versão do Opala lançada nesse ano foi uma série especial que, juntamente com o Chevette, vinha com um "econômetro" no painel. Tratava-se de um vacuômetro que indicava o melhor momento para troca de marcha e indicava o alto consumo quando se exigia demais do acelerador.

1978
A nova grade dianteira é dividida por um friso na horizontal e outro na vertical, surgindo quatro retângulos menores. Os frisos de inox da grade foram abolidos e o contorno era pintado de alumínio. Novo volante passa a equipar toda a linha e a chave de ignição, que ficava no painel, foi para a coluna de direção, com um pequeno botão ao lado para desbloquear a trava de segurança. Novos desenhos nos bancos e no revestimento interno. Uma nova cor foi lançada para o revestimento interno: "chateau". Bancos, forração das portas, painel, volante, etc... vinha na cor vinho para os modelos com interior "chateau".

Dado o sucesso do motor 250-S, a GM passa a disponibilizá-Io para toda a linha Opala. As vendas da Caravan vinham crescendo mês após mês e por isso a GM resolveu lançar uma versão SS, pois a experiência com o Opala nessa versão demonstrava o gosto do brasileiro pelos esportivos. Além da SS, foi lançada também a Caravan Comodoro, com o mesmo acabamento mais luxuoso do Opala Comodoro. Tanto na Caravan SS, quanto no Opala SS, as faixas laterais mudaram e passaram a contar com uma faixa mais estreita na parte superior, contornando a abertura das rodas nos pára-lamas, inclusive. A faixa do capô também foi mudada, seguindo o mesmo estilo das laterais. Também como novidades nos modelos SS, foi o lançamento dos espelhos retrovisores externos, com desenho aerodinâmico e dos dois lados do carro, e a instalação de faróis de milha (redondos) sobre o pára-choque e os de neblina (retangulares) abaixo do pára-choque. Nesse ano de 1978 foi comemorada na GM brasileira a fabricação do Opala nº 500.000.

1979
Último ano da frente e da traseira lançadas em 1975, a linha 1979 também teve poucas modificações. Apenas novas cores e aros dos faróis na cor preto fosco. Na parte mecânica, apenas um novo carburador, com corpo duplo e duplo estágio. O tanque de combustível teve sua capacidade aumentada para 65 litros e freio de mão, que ficava embaixo do painel, do lado direito, passou a ser entre os bancos dianteiros. A intenção de renovar a linha Opala já estava nos planos da GM desde 1978, mas acabou sendo adiada para a linha 1980. Mesmo assim, foi apresentado no Salão do Automóvel de 1978 uma versão do Opala denominada Diplomata. Ele deveria ser lançado no ano de 1979, mas na época houve um problema com a fornecedora das rodas e por isso seu lançamento foi adiado pela GM.

O que impediu seu lançamento nesse ano foi a tala da roda de alumínio, que fora lançada em 1980. Apesar disso, os manuais do proprietário para a linha 1979 já estavam impressos e vieram com os carros daquele ano. As principais diferenças eram: rodas, painel, volante, console, ar condicionado, carpete, forração das portas, etc... Havia um emblema com a inscrição DIPLOMATA na dianteira. Como o Diplomata só foi lançado efetivamente em 1980, o modelo foi apresentado com a reestilização da dianteira e da traseira, comum a toda a linha. Alguns carros (protótipos do Diplomata 79) foram fabricados no final de 1978 e em 1979, mas poucos ainda estão rodando. Um deles pertence ao Clube do Opala de São Paulo e um outro estava sendo vendido em São Paulo.





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